Foto: Leandro Gasparetti
Guilherme Marchi fazendo alongamento antes do Rodeio
Durante muito tempo o
rodeio foi contestado como esporte - pelo modo de vida dos seus competidores -
já que muitos peões viviam sem priorizar a rotina de atleta, contribuindo para
a propagação dessa imagem.
Hoje é um esporte
reconhecido e em expansão, conquistando um número crescente de adeptos.
Juntamente com esse crescimento veio à tecnologia na estrutura do esporte, como
acontece com o futebol, atletismo, vôlei, entre outros.
Com a evolução e a
tecnologia a favor do esporte, os atletas do rodeio estão cada dia mais
informados e conscientes da importância de um treinamento físico e atlético.
Os peões de alto nível
estão buscando o auxílio da medicina esportiva e do conhecimento cientifico
para uma melhor atuação. No entanto, a maioria, sobretudo em cidades pequenas,
continua treinando sem o acompanhamento e o devido cuidado com lesões.
Para o Prof.º Américo
Marcelino Teodoro, profissional de educação física, com várias especializações
na fisiologia do exercício pela Universidade Federal do Paraná - UFPR, o atleta
do rodeio deve seguir um treinamento rígido, evitando excessos. “Não adianta o
peão treinar por conta própria nos sítios, como era antigamente, para se manter
em alto nível é necessário um trabalho de força, velocidade e explosão”, afirma
Américo.
Segundo o professor o
método antigo de treino para ser peão, pode gerar sérios problemas “Muitos se
destacam na raça e com muitas lesões, mas é perigoso se as lesões não forem
tratadas, pois vão se agravando até se tornarem crônicas, o que pode afetar diretamente
na carreira do peão, impedindo de atingir o seu rendimento máximo” explica.
Como no futebol, os peões
também devem fazer a pré-temporada, fazendo planejamento dentro do calendário
anual das competições, enfatizando os três ciclos (micro-ciclo, meso-ciclo e
macro-ciclo).
Além dos exercícios
físicos, táticos e técnicos os atletas que estiverem com disposição devem fazer
exercícios mentais, como “yoga” ou “tai-chi-chuan”, que irá de encontro ao
equilíbrio psicossomático (mente, corpo e espírito).
Ao finalizar ele destaca
a importância de conhecer a procedência do profissional que lhe dará
assistência nos treinamentos, é dele a responsabilidade de conduzir da melhor
maneira a adaptação do corpo nesse processo. “Muitos profissionais não possuem
conhecimento para isso, apenas se concentram na modelagem do corpo e na
ingestão de anabolizantes, o que futuramente trará sérios problemas”.