Mais que um esporte, uma paixão!
Oito
segundos. É o tempo que o peão de rodeio precisa para se consagrar. Alguém
duvida que no lombo de um touro esse tempo possa parecer uma eternidade? Pois
realmente trata-se de uma experiência que parece durar horas. Palavras de um
peão experimentado. Adriano Sena conta que seu maior sonho é viver somente de
rodeio. “Deixo minha família em casa para tentar a vida no rodeio. Isso aqui é
minha vida.”. Já dizia o ditado, um dia é do touro, outro é do peão… Claudemir
de Souza já é um peão consagrado e conta que ganha dinheiro com o rodeio: “No
Brasil, já ganhei carro, moto e nos Estados Unidos, mais de trezentos mil
dólares nos rodeios”.
Mas
o estrelato é para poucos, como diz a outra parte dessa lei das arenas, também
existe o dia do touro. Para completar a festa, entra em cena o locutor, que
transforma a energia do peão em emoção através da palavra. “É difícil descrever
em palavras o que sinto no meio da arena, mas é pura adrenalina e tento passar
um pouco disso para o público, para garantir a animação da festa”. Comenta João
Rodrigues, que narra rodeio a cerca de dez anos.
Não
pode esquecer os palhaços salva-vidas. São os anjos da guarda dos peões. Quando
o bicho pega, eles entram em cena e desviam a atenção do touro enquanto o peão
sai da arena.
Em
todo o Brasil são cerca de 1200 festas de rodeio por ano, que reúnem mais de 30
milhões de expectadores.